Paróquias: Sé Nova, Sé Velha, Santa Cruz, Nossa Senhora de Lurdes, São Bartolomeu

Sé Velha de Coimbra

Onde foi coroado o segundo rei de Portugal.

Coimbra (Aeminium, na época romana) é sede episcopal desde o século V, sucedendo à vizinha Conímbriga. Apesar da sua longa história, não há notícia da catedral até à construção da Sé de Santa Maria de Coimbra, que teve início em 1164 por iniciativa do bispo D. Miguel Salomão. Esta foi consagrada em 1184, embora o resto do edifício ainda não estivesse terminado e, em 1185, ali foi coroado o segundo rei de Portugal, D. Sancho I. É a única catedral portuguesa românica, da época da Reconquista, que sobreviveu relativamente intacta até aos nossos dias.

Sé Velha de Coimbra - Torre Vista Cidade de Coimbra

O projeto do edifício é atribuído a mestre Roberto, de origem francesa, que dirigia a construção da Sé de Lisboa na mesma época e visitava Coimbra periodicamente. A direção das obras ficou a cargo de mestre Bernardo, também francês, mais tarde substituído por mestre Soeiro, um arquiteto que trabalhou depois em outras igrejas na diocese do Porto. É um edifício de três naves, transepto ligeiramente saliente, torre lanterna sobre o cruzeiro e cabeceira tripartida. Esta construção marca uma rutura com o esquema das catedrais românicas seguido até então no país (Braga e Porto) e o início de uma nova tipologia designada de catedrais do Sul (Coimbra, Lisboa e Évora).

O claustro começou a ser erigido em 1218, durante o reinado de D. Afonso II, sendo uma das primeiras obras góticas edificadas em Portugal. De dimensões superiores ao habitual, foi necessário destruir uma parte da encosta para a sua construção. Ocupa assim uma área quadrangular a partir do terceiro tramo da nave e ultrapassando o perímetro da cabeceira. É constituído por um piso abobadado e as arcadas são compostas por arcos apontados duplos, assentes em finos colunelos geminados e com óculo superior.

Sé Velha de Coimbra - Fachada

Durante a campanha de obras do séc. XVI introduziram-se algumas inovações no edifício, das quais se destacam os portais renascentistas, sobretudo a Porta Especiosa, obra máxima do arquiteto João de Ruão e do escultor Nicolau de Chanterenne, inspirada no renascimento italiano.

No interior, merecem referência a Capela do Santíssimo Sacramento, também de João de Ruão, e a Capela de São Pedro, atribuída a Nicolau de Chanterenne. Na capela-mor, o retábulo de talha dourada, em estilo gótico flamejante é da autoria dos flamengos Olivier de Gand e Jean d'Ypres. Os capitéis decorados com temas vegetalistas e animalistas constituem o mais rico programa iconográfico do românico em Portugal. A ausência de figuras humanas e cenas bíblicas deve-se, provavelmente, ao facto de se tratar de obra de artistas moçárabes que se haviam estabelecido em Coimbra.

Nas naves laterais, subsistem vários túmulos da época gótica (séculos XIII-XIV), sendo um dos mais notáveis o de D. Vataça (ou Betaça) Lascaris, dama bizantina que chegou a Portugal no início do século XIV, acompanhando D. Isabel de Aragão, que vinha desposar o rei D. Dinis.

Horário Visitas Verão

(Junho a Setembro)

Dias úteis e sábados:
9:30 às 18:30

Domingos:
11:00 às 18:00

Feriados religiosos:
11:00 às 17:30

Feriados civis:
9:30 às 17:30

Horário Visitas Inverno

(Outubro a Maio)

Dias úteis e sábados:
9:30 às 17:30

Domingos:
11:00 às 17:00

Feriados religiosos:
11:00 às 17:30

Feriados civis:
9:30 às 17:30

Preçário:

Bilhete individual:
2,50€/pessoa

Bilhete de grupo (>10 pessoas):
2€/pessoa


Projeto “Somos Todos Arte”

Evangelizar através das formas - Projeto Somos Todos Arte

O projeto “Somos Todos Arte” assumeme por ser uma iniciativa de cariz cultural e mecenático, desenvolvida na Sé Velha – Catedral de Santa Maria de Coimbra, e que tem como objetivo fundamental unir esforços para o restauro do Retábulo de Duarte de Melo e das seis pinturas a óleo que o compõem, a saber: Paixão de Cristo, Arcanjo São Miguel; Santa Catarina; São Vicente; São Lourenço e Maria Madalena.

Enquanto a estrutura em madeira do retábulo é atribuída a Tomé Velho as seis pinturas que o preenchem são da autoria de Bernardo Manuel, nome maior da pintura maneirista de Coimbra, e herdeiro da tradição artística da Escola dos Mestres do Sardoal (com oficina em Coimbra) cujos nomes de maior destaque são Manuel Vicente e Vicente Gil (pai e filho respetivamente).

Movidos por este espírito, e unidos enquanto comunidade, que pretendemos continuar a honrar e salvaguardar o rico espólio artístico que a Catedral de Santa Maria de Coimbra alberga recorrendo às sinergias de todos aqueles que defendem a história, a arte e o património.