Paróquias: Sé Nova, Sé Velha, Santa Cruz, Nossa Senhora de Lurdes, São Bartolomeu

14 Junho 2025 UP Aeminium

Pão de Santo António

Na Igreja de Santa Cruz, onde S. António viveu e foi ordenado sacerdote, cumpriu-se uma vez mais a tradição de, no dia 13 de junho, distribuir o Pão de Santo António. Os pães são benzidos na eucaristia e distribuídos pelos presentes.

Na verdade, são desconhecidas as reais origens desta tradição, sendo que o ponto comum nos relatos existentes são os milagres de Santo António.

O relato mais comum refere que, certo dia, António, comovido com a pobreza, distribuiu pelos pobres todo o pão que existia no seu convento. O irmão padeiro no momento da refeição constatou não haver pão e supôs que o alimento tinha sido roubado. Ao queixar-se a António, este sugeriu que ele verificasse melhor no local de onde o pão deveria estar. Tendo ido ver, descobriu uma quantidade muito superior ao suposto. António tinha feito a multiplicação do pão! À semelhança do milagre de Jesus Cristo tal abundância permitiu não só alimentar os frades do convento como também distribuir por todos os necessitados.

Noutra tradição, presume-se que o pão de S. António decorreu do milagre de reanimação de uma criança que caiu a um poço durante a construção da Basílica de Pádua. A mãe, ao ver a criança inanimada prometeu a Santo António que, se ele “ressuscitasse” o seu filho, daria o seu peso em pão aos pobres. Tal aconteceu.

O ponto central é o pão como símbolo de alimento e vida que, ao ser partilhado, concretiza a fraternidade e o amor ao próximo.

Independentemente da origem, o sentido mais profundo é, então, o da partilha e o da caridade que cada cristão é chamado a viver para com os mais pobres e vulneráveis.

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